Em Novembro, re-descobri o genial e intemporal CD do Rui Veloso "Mingos & os Samurais". Lembra-me a minha infância. A minha irma Mary, mínima, que nao sabia dizer os "Rs" e que se enervava vermelhamente quando lhe respondíamos "o quê? o prometido é de vidro?" (naaaao, nao é de vido é deviiiiido). E no curso desse mês enchi a cabeca e os ouvidos do H com as inenarráveis histórias do Norte de Portugal que conta aquele CD. De longe, a minha música preferida é "Arménio, o trolha de areosa". Aquele que se poe em estado de euforia com as meias pretas da sua madrinha de guerra, a quem escreve aerogramas cheios de erros de ortografia e a quem prometeu levar a Lisboa em Junho, o que nao aconteceu porque acabou por nao voltar do capim. Arménio encheu a nossa casa de som muitas, muitas vezes em Novembro.
Foi também nessa altura que descobrimos que a nossa vida ia mudar. Vou ser mae e que o H vai ser pai. E automaticamente, a coisa misteriosa que aqui cresce passou a chamar-se Arménio. Umas semanas mais tarde, descobrimos que afinal nao é uma, sao duas coisas que para aqui estao a crescer: os Arménios. Ou "Arrrméniosh" como diz o H.
1 comentário:
Ah, genial, já sei!
Vou ver se te gravo a música do
zaragatu, lamechicabu, e tiririrãoririrú!
a qualquer hora, Mab
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