
Direita: direito, reivindicação, nemesis política
Humana: ego, compaixão, imperfeição
Regressão
Lembro-me que um dos maiores marcos da minha passagem à idade adulta foi ter de marcar eu própria consultas no dentista. Antes, ia por pressão materna: A mãe marcava a consulta, a mãe enfiava-me no carro e a mãe arrastava-me para o consultório. Quando me mudei para Paris, tive que o fazer voluntariamente. Fi-lo graças a uma força sobre-humana pouco aquém - estou certa - da que me permitirá um dia expulsar 50 cm de criança útero a baixo. O Dr. Chan do centro médico da rue Vaugirard elevou-se ao estatuto de herói quando me arrancou três dentes do cizo com uma mera anestesia local 24h após a qual estava fina - pá isto não dói nada. Depois começou a vida caótica, com mudanças de três em três meses e residências em sítios onde por razões médicas era desaconselhado pensar a ir a um dentista, e cobertura médica por seguro privado que não reembolsava consultas de rotina. E regredi à infância. Não pus o dente num dentista , salvo seja, durante anos. Agora estou aqui em Berlim, tenho uma segurança social normal, mas a força sobre-humana não voltou e aqui não há Dr. Chan, de maneira que fui ao dentista arrastada pelo H. A razão oficial é a de evitar perder-me em translação com o Dr. Heinz (ou sei-là como é que o homem se chama), mas a verdade é que em vez de pressão materna, funciono agora com pressão matrimonial.

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