La se vai um amigo Sudanes

Ja vos tinha falado do jovem condutor de taxi que costumava levar-me ao trabalho todos os dias e que era gago e parecia o meu sobrinho.

Por uma qualquer insondavel razao, a boa disposicao tornou-se progressivamente num estado queixoso a cerca das dificuladades da vida, na chatice que e viver aqui, da chatice que ganhar para a familia toda etc. Ao mesmo tempo, recusou uma proposta que lhe fiz de passar a levar tambem duas colegas minhas para o trabalho, quando ouviu os nomes delas e percebeu que nao eram jovens brancas de cabeca descoberta e calcas, mas mulheres sudanesas. Sim, realmente nao da tanto estilo.

A curiosidade tornou-se indiscricao: "entao voces sao duas raparigas a viver com um homem? Cada um tem o seu quarto?", "e como e que o teu marido nao se sente ofendido?"

A amena cavaqueira tornou-se conversa escabrosa: "quando estou com uma prostituta...". Ao que eu respondi, nao me estas e a respeitar a mim com essa conversa e vais-te calar e e ja que depois das merdas puritanas que estavas a dizer ha dois minutos isso nao calha nada bem.

E no outro dia, quando chegamos a porta do escritorio uma colega minha Sudanesa estava a entrar e a cara dele transformou-se completamente. Parecia o lobo mau a olhar para ela: "vou-te comer". Sim, essa minha colega Sudanesa tem a pele clarinha, veste-se como uma princesa e e linda de morrer.

Ironia do destino, seria essa mesma colega que ele conduziria ao trabalho todos os dias se nao tivesse recusado a minha proposta por razoes se nao racistas, pelo menos elitistas.

Quando fechei a porta disse-lho e afastei-me para sempre a pensar ainda bem que nao me meti muito mais neste filme.

E foi assim que o Moh entrou para a categoria dos homens que metem um enorme nojo.

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