Direita: direito, reivindicação, nemesis política
Humana: ego, compaixão, imperfeição
Do direito ao doi-doi
Bem! educar putos nos Estados Unidos e de uma gaja dar em doida. Os parque infantis tem chao acolchoado (nao estou a gozar, e assim uma especie de tartan com bolhas de ar la dentro, que uma pessoa a andar naquilo pensa que esta a pisar plasticina), veem-se mais adultos que miudos e os adultos parecem estar mais excitados que os miudos. Parecem cheerleaders aos ginchos quando a crianca, embalada em 10 quilos de la polar la se deixa escorregar escorrega abaixo ("good job, Aidan/Sophie/Carter/Gracie"); ou arbitros de cara circunspecta como aquele caramelo Italiano careca que arbitrava os jogos importantes todos do Mundial - como e que o gajo se chama? - a resolver prontamente qualquer litigio que involva 4 maos e 1 objecto com o saro-santo e universal "let's share"; ou ainda em socorristas dignos de INEM nos feriados de Agosto na IP5, a correr prontamente ao auxilio da cria quando esta chora que nem uma desalmada porque deu um bate-cu ao pe dos baloicos. E ja para nao falar na necessidade de entrar em amena cavaqueira com qualquer fellow progenitor que se apresente num raio de 2 metros. Minha nossa senhora, vao mais e dar uma granda volta! parques infantis sao para os putos aprenderem a viver e a socializar e a negociar o time-sharing dos brinquedos sem a vigilancia constante de adultos em estado anfetaminico. E aquela cancao: "e entao nao sei bem como foi, escorreguei cai no chao, no joelho ficou um doi-doi, no nariz um arranhao", esquece-ce! Ja nenhum puto percebe o conceito de se esfolar todo com a porcaria dos chaos de tartan. Eu ainda me lembro de ir de rojo pelo chao da maternelle do liceu frances que era nem mais nem menos do que gravilha pura da boa, meus senhores, e aquilo entrava pelas feridas adentro e infectava tudo, que ate saia pus e ficava o penso rapido todo colado que grande jorda. Hoje em dia canto a musica as Armenias e elas se soubessem falar perguntavam "oh mae o que e um doi-doi?". Enfim... nao fossem elas recusarem-se a deixar-me cortar-lhes as unhas, nem saberiam o que e um arranhao. O que vale e que ha rapazitos de 4-5 anos aqui no predio e esses sao uns verdadeiros chimpazes da confrontacao e nao ha adultos vigilantes que os controlem. Muito empurrao ja levou o Matildame a pala desses chavalitos. E ela nao se da por vencida, levanta-se, faz cara de Popeye (um dia destes, quando tiver tempo, explico a cara de Popeye dela) e planta-se de novo em frente deles que aquele triciclo e dela sim senhor. E que orgulho que me da ver aqueles galos a crescer por entre aquele caracolame loirinho todo.
Foi preciso um furacao...
... para me fazer voltar ao blog. Ao fim de quase seis meses (mais nao foi do que a mais pura e absoluta falta de tempo para blogar).
Falar sobre o furacao Sandy vivendo-se no Upper West Side é um pouco como falar de ataques Talibans vivendo-se em Mazar-e-Sharif: o perigo està sempre la para o Sul, aqui no Norte està tudo bem. E e verdade. Nao tivessemos nos mudado de casa e deixado aquele glorioso apartamento no SoHo junto com as suas baratas e ratos, estariamos neste momento sem luz, nem agua, nem aquecimento ha 3 dias. Olhariamos para a rua la fora e veriamos uma escuridao sinistra, adivinhando vultos ao dobrar da esquina. Veriamos bocas de incendio a jorrar agua e gente com baldes em punho a abastacer-se para ablucoes à gato e para dar de beber a autoclismos. Teriamos visto tambem a West Broadway fazer-se rio, e carros, barcos. Mas nao. Em Janeiro mudamo-nos ca para cima, para uma zona alta e nessa zona alta para um 17o andar. De maneira que nao nos faltou a agua, nem a luz nem o aquecimento. Luxo dos luxos: o metro aqui até funciona. Ponho-me no trabalho em 20 mins como antes (nao ponho porque estou doente e acamada, mas estivera eu recuperada, poria sim senhor). Sandy nao nos afectou portanto. Mas la que foi a maior ventania que vi na minha vida (e o 17o andar ai nao ajudou muito) e varias vezes me lembrei do Melancholia (razparta o filme ainda hoje me da pesadelos) ai isso foi.
Falar sobre o furacao Sandy vivendo-se no Upper West Side é um pouco como falar de ataques Talibans vivendo-se em Mazar-e-Sharif: o perigo està sempre la para o Sul, aqui no Norte està tudo bem. E e verdade. Nao tivessemos nos mudado de casa e deixado aquele glorioso apartamento no SoHo junto com as suas baratas e ratos, estariamos neste momento sem luz, nem agua, nem aquecimento ha 3 dias. Olhariamos para a rua la fora e veriamos uma escuridao sinistra, adivinhando vultos ao dobrar da esquina. Veriamos bocas de incendio a jorrar agua e gente com baldes em punho a abastacer-se para ablucoes à gato e para dar de beber a autoclismos. Teriamos visto tambem a West Broadway fazer-se rio, e carros, barcos. Mas nao. Em Janeiro mudamo-nos ca para cima, para uma zona alta e nessa zona alta para um 17o andar. De maneira que nao nos faltou a agua, nem a luz nem o aquecimento. Luxo dos luxos: o metro aqui até funciona. Ponho-me no trabalho em 20 mins como antes (nao ponho porque estou doente e acamada, mas estivera eu recuperada, poria sim senhor). Sandy nao nos afectou portanto. Mas la que foi a maior ventania que vi na minha vida (e o 17o andar ai nao ajudou muito) e varias vezes me lembrei do Melancholia (razparta o filme ainda hoje me da pesadelos) ai isso foi.
Subscrever:
Mensagens (Atom)